O deputado federal Zé Trovão enviou um ofício à Embaixada dos EUA no Brasil no qual informa sobre a presença do ditador socialista da Venezuela, Nicolás Maduro, no país e pede informações sobre "quais medidas podem ser adotadas pelo governo americano para captura deste criminoso".
O pedido de Zé Trovão foi feito nesta segunda-feira (29/05 Maduro encontrou-se com o presidente Lula (PT), nesta segunda, no Palácio do Planalto.
O chefe do Departamento de Justiça dos EUA, William Barr, apresentou em 2020 uma acusação criminal contra o ditador socialista por tráfico internacional de drogas.
À época, os EUA anunciaram uma recompensa de U$ 15 milhões para quem ajudasse a capturar o venezuelano.
Zé Trovão informa no ofício a presença de Maduro no Brasil e cita que o venezuelano consta no site do Drug Enforcement Administration (DEA), como "procurado por autoridades norte-americanas, acusado pelo procurador-geral dos Estados Unidos, sr. Willian Barr, dos crimes de narcotráfico, terrorismo internacional e corrupção".
O documento do parlamentar foi endereçado à embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley.
"Manifesto a essa Embaixada minha indignação pela presença do ditador venezuelano em solo brasileiro, ao tempo em que peço informações de quais medidas podem ser adotadas pelo governo americano para captura deste criminoso", escreveu o deputado.
Na tarde desta segunda-feira (29/05), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como "momento histórico" a reunião com o ditador socialista da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto.
Maduro não visitava o Brasil desde 2015. As relações entre Brasil e Venezuela estavam rompidas desde 2019.
"É um prazer te receber aqui outra vez. É difícil conceber que tenham passado tantos anos sem que mantivessem diálogos com a autoridade de um país amazônico e vizinho, com quem compartilhamos uma extensa fronteira de 2.200 km", disse Lula durante coletiva.
"Penso que esse novo tempo que estamos marcando agora não vai superar todos os obstáculos que você tem sofrido ao longo desses anos. Briguei muito com companheiros social-democratas europeus, com governos, com pessoas dos Estados Unidos. Achava a coisa mais absurda do mundo, para as pessoas que defendem democracia, negarem que você era presidente da Venezuela, tendo sido eleito pelo povo. E o cidadão que foi eleito para ser deputado ser reconhecido como presidente", afirmou o petista.
O "cidadão" citado por Lula é o autointitulado presidente da Venezuela Juan Guaidó, que é reconhecido como presidente interino do país por diversos líderes internacionais.
"O preconceito continua, ainda. O preconceito contra a Venezuela é muito grande. Quantas críticas a gente sofreu aqui durante a campanha por ser amigo da Venezuela. Havia discursos e mais discursos, os adversários diziam "Se o Lula ganhar as eleições, o Brasil vai virar uma Venezuela, uma Argentina, uma Cuba", quando o nosso sonho era que o Brasil fosse o Brasil mesmo, melhor", afirmou.
O ditador venezuelano está no Brasil para a cúpula de líderes da América do Sul que começa nesta terça (30/05).