O presidente Lula da Silva defendeu a Venezuela e a Nicarágua e fez um apelo para que os países do Mercosul encontrem uma solução através do diálogo. Os dois países têm sido alvo de diversas acusações de violações dos direitos humanos, o que levou ao seu afastamento do bloco.
"No que a gente puder contribuir, quem tiver relação, dar palpite e puder conversar, temos de conversar. O que não pode é a gente isolar e levar em conta que apenas os defeitos estão de um lado, os defeitos são múltiplos. Então precisamos conversar com todo mundo", disse Lula.
"Acho que, entre nós, temos de tentar não deixar ninguém para fora. Na minha campanha [presidencial], lançamos a campanha "ninguém larga a mão de ninguém". Temos de trazer as pessoas de fora do Mercosul", prosseguiu.
Os presidentes do Uruguai e do Paraguai, Luis Lacalle Pou e Mario Abdo Benítez, respectivamente, criticaram a inelegibilidade de oponentes de Nicolás Maduro na Venezuela. Lacalle Pou e Abdo Benítez citaram, especificamente, o caso de Corina Machado, considerada a favorita para vencer a nomeação da oposição venezuelana para presidente nas primárias inicialmente previstas para outubro.
"Todos temos uma opinião clara sobre o regime venezuelano, é necessário sermos objetivos. Está claro que a Venezuela não vai virar uma democracia saudável, e quando há indícios de uma eleição, uma candidata como María Corina Machado é desqualificada por motivos políticos, não jurídicos", disse Lacalle Pou.