O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Roberto Barroso, designou na tarde desta quinta-feira (14/11) Alexandre de Moraes como relator do inquérito sobre Francisco Wanderley Luiz, autor da tentativa de atentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira (13/11).
Alexandre de Moraes será o relator de novo caso com base na regra de "prevenção", que prevê essa designação para quem já conduz inquéritos relacionados ao tema. Atualmente, o ministro é o responsável pelos inquéritos das fake news, das milícias digitais e dos atos de 8 de janeiro.
Mais cedo, Alexandre de Moraes afirmou que as explosões ocorridas na região central de Brasília refletem o clima de ódio político que se intensificou no país nos últimos anos, e não constituem um "fato isolado do contexto".
O chaveiro Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, detonou três explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), causando sua morte no local. Conhecido como Tiü França, Francisco foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em 2020, em Rio do Sul (SC), cidade onde residia antes de se mudar para o Distrito Federal, onde vivia há 3 meses em uma casa alugada em Ceilândia.
Momentos antes de Francisco se explodir, um veículo registrado em seu nome também foi detonado no estacionamento próximo ao STF. Em resposta, os ministros do Supremo foram evacuados do edifício, e a Praça dos Três Poderes foi isolada pela polícia, que adotou medidas preventivas diante do risco de novos ataques.
A Polícia Civil do Distrito Federal realizou a perícia no local, e a Polícia Federal (PF) informou que um inquérito foi aberto para investigar o caso como um possível atentado terrorista.
Em reação ao incidente, a segurança foi intensificada nos palácios do Planalto, Alvorada e Jaburu.
Gazeta Brasil