POLÍTICA

Em relatório final, Polícia Federal aponta Bolsonaro como "líder da organização criminosa"

Por sou curitiba

22/11/2024 às 12:40:53 - Atualizado hĂĄ
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O relatório final da PolĂ­cia Federal, com 884 pĂĄginas, sobre o suposto plano de golpe de Estado no Brasil, aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como o "lĂ­der" de um grupo de 37 pessoas que, segundo a investigação, planejou mantĂȘ-lo no poder. A informação é da CNN Brasil.

De acordo com o documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira (21/11), Bolsonaro "permeou por todos os nĂșcleos".

Esses nĂșcleos foram classificados pela PF como: NĂșcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral, NĂșcleo ResponsĂĄvel por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado, NĂșcleo JurĂ­dico, NĂșcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas, NĂșcleo de InteligĂȘncia Paralela e NĂșcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas.

Ainda de acordo com a PF, Bolsonaro, apesar de transitar por todos os nĂșcleos, atuou diretamente no NĂșcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral.

O relatório, cujo conteĂșdo integral segue sob sigilo sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, foi parcialmente acessado pela CNN Brasil.

A investigação da PolĂ­cia Federal conclui que o objetivo da "organização criminosa" era manter o ex-presidente no poder.

Após 1 ano e 10 meses de apurações, a PF indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas, incluindo ex-ministros de seu governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Entre os indiciados, estão ainda o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

O inquérito aborda o envolvimento dos indiciados nos atos de 8 de janeiro de 2023, em "planos golpistas" durante a eleição presidencial de 2022 e em um suposto esquema para assassinar o presidente petista Luiz InĂĄcio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.


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Fonte: Gazeta Brasil
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