A Secretaria de Comunicação Social (Secom) torrou R$ 1.115.718 em um mês com o objetivo de impulsionar conteúdos nos perfis oficiais do governo Lula no Instagram e no Facebook.
Segundo dados da Biblioteca de Anúncios da Meta, e levantados pelo Poder360, esse valor foi investido entre 6 de janeiro e 4 de fevereiro deste ano, financiando 48 publicidades.
Desses anúncios, 18 apresentam o rótulo de identificação do Governo do Brasil, totalizando R$ 987.632, o que representa a maior parte dos investimentos no período analisado. Os conteúdos promovidos abordam temas como agronegócio, redução do desemprego, combate à fome e educação.
Além disso, 30 postagens foram impulsionadas para divulgar o programa Acredita, voltado para crédito e renegociação de dívidas de pequenos negócios. Para essa iniciativa, foram aplicados R$ 128.086, direcionados a microempresas, microempreendedores individuais (MEIs) e empresas de pequeno porte.
O programa, lançado em dezembro, foi novamente promovido a partir de 8 de janeiro, após a Receita Federal anunciar que passaria a fiscalizar transferências via Pix superiores a R$ 5.000 para pessoas físicas. Essa medida gerou insatisfação entre a população, especialmente entre pequenos comerciantes e trabalhadores informais que recebiam pagamentos digitais, mas ficavam fora do radar fiscal.
Com a implementação do novo sistema, aqueles que se enquadrassem na faixa de renda sujeita ao Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) seriam contatados para cobranças.
A medida acabou minando ainda mais a credibilidade do governo federal, que revogou a norma em 15 de janeiro. A Secom enviou uma declaração ao Poder360, explicando que a utilização de dois rótulos é devido à limitação nas contas de anúncio da plataforma, ressaltando que todos os valores são pagos pelo governo por meio da Secretaria de Comunicação Social.