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POLÍTICA

"Não temos dinheiro para absolutamente nada", afirma ministro da Defesa do governo Lula


Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Na segunda-feira (10/02), o ministro da Defesa do governo Lula, José MĂșcio, disse que o Brasil enfrenta dificuldades financeiras para manter a estrutura militar. Ele deu declarações durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

O ministro de Lula apontou que, a escassez de recursos tem sido um desafio constante para o Ministério da Defesa, que precisa lidar com um orçamento insuficiente para financiar projetos essenciais.

O ministro abordou ainda a possibilidade de uma reforma ministerial, afirmando que qualquer mudança seria uma decisão exclusiva do presidente petista Luiz InĂĄcio Lula da Silva. "A reforma ministerial, o presidente tem falado, são algumas acomodações polĂ­ticas. Queira ou não, 2026 se avizinha, e o presidente, o seu entorno polĂ­tico, tem cuidado jĂĄ de fazer a construção dessas pontes com os partidos", afirmou MĂșcio.

MĂșcio fez uma comparação entre os investimentos militares do Brasil e de paĂ­ses da OTAN, ressaltando que o Brasil gasta apenas 1,1% do PIB em defesa, enquanto paĂ­ses como os membros da OTAN recomendam investimentos de 2%. "Nós não temos dinheiro para absolutamente nada", declarou o ministro, que também apontou o impacto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do senador Carlos Portinho (PL-RJ), que visa garantir um orçamento mĂ­nimo de 2% do PIB anual para o Ministério da Defesa.

O ministro também mencionou a dificuldade de financiar projetos iniciados em gestões anteriores, como o programa de submarinos e a aquisição de caças Gripen. "O dinheiro acabou e ficamos sem recursos para absolutamente tudo", disse ele, destacando que, apesar das limitações, as Forças Armadas continuam realizando operações de emergĂȘncia, como o envio de 20.000 soldados para o Rio Grande do Sul e 3.000 para o Pantanal em resposta a desastres naturais.

Além disso, MĂșcio criticou um vĂ­deo divulgado pela Marinha do Brasil, no qual se destacava os "privilégios" da categoria, comparando as dificuldades da carreira militar com a vida civil. "Aquele vĂ­deo foi uma imprudĂȘncia, foi inoportuno. Foi num momento péssimo", afirmou. O vĂ­deo, que gerou polĂȘmica, mesclava imagens de marinheiros e fuzileiros trabalhando em situações extremas com cenas de civis em momentos de lazer e reunião familiar, com o objetivo de evidenciar as privações enfrentadas pelos militares.







































Gazeta Brasil

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