POLÍTICA

PGR denuncia ministro de Lula ao STF sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro

Por sou curitiba

08/04/2025 às 12:17:38 - Atualizado hĂĄ
Foto: Ricardo Stuckert-Secom/PR

A Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR) apresentou denĂșncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho (União Brasil), pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Trata-se da primeira denĂșncia formalizada pela atual gestão do procurador-geral Paulo Gonet contra um integrante do alto escalão do governo do presidente petista Lula.

A acusação, baseada em inquérito da PolĂ­cia Federal (PF), foi encaminhada ao gabinete do ministro do STF FlĂĄvio Dino, relator do caso. CaberĂĄ a Dino intimar os acusados para que apresentem defesa e, em seguida, submeter à Primeira Turma do Supremo o pedido de abertura da ação penal. Caso a denĂșncia seja aceita, Juscelino se tornarĂĄ réu no processo.

Os fatos investigados são anteriores à nomeação do ministro. Segundo a PGR, quando exercia o mandato de deputado federal, Juscelino Filho teria destinado emendas parlamentares à Prefeitura de Vitorino Freire (MA), administrada por sua irmã, Luanna Rezende. Em troca, teria recebido propina pelas obras realizadas com esses recursos, parte deles repassados via Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do ParnaĂ­ba).

O relatório da PF aponta fraude em licitações de pavimentação, supostamente direcionadas ao empresĂĄrio Eduardo José Costa Barros, conhecido como Eduardo DP. Em contrapartida, ele teria feito repasses ilĂ­citos ao ministro utilizando laranjas. A investigação também identificou mensagens nas quais Juscelino orientaria o empresĂĄrio a contratar uma empresa de consultoria vinculada à prefeitura, para facilitar o esquema.

A PF finalizou o inquérito em junho de 2023 e, após anĂĄlises complementares solicitadas pela PGR, a denĂșncia foi formalizada.

Aliados do governo avaliam que a denĂșncia pode ampliar a pressão para a saĂ­da de Juscelino do cargo. Em declarações neste ano, o presidente petista Lula afirmou que o ministro teria o direito de provar sua inocĂȘncia, mas que seria afastado caso as investigações avançassem.


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Fonte: Gazeta Brasil
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