Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que o Brasil ocupa a última colocação no Ranking de Competitividade Industrial, que avalia o desempenho de 18 países no mercado global de produtos industriais. Os Países Baixos lideram a lista, seguidos por Estados Unidos e Coreia do Sul, enquanto o Brasil aparece em 18º lugar, com desempenho fraco em quase todos os indicadores analisados.
O ranking destaca que o Brasil enfrenta desafios críticos em fatores como ambiente econômico, desenvolvimento humano, trabalho e educação, ocupando a última posição nesses quesitos.
Segundo Ricardo Alban, presidente da CNI, a baixa competitividade brasileira é resultado de uma combinação de alta carga tributária, juros elevados, complexidade fiscal e gargalos macroeconômicos.
"O Brasil enfrenta um ambiente econômico desfavorável, com altos custos de produção e baixa taxa de investimento", afirmou Alban. Ele destaca que a recuperação exige reformas estruturais, redução do chamado Custo Brasil e maior foco em produtividade e inovação.
No quesito ambiente econômico, o Brasil ficou atrás até da Argentina (17º) e da Itália (16º), sofrendo com juros altos, spread bancário elevado e grande peso dos juros da dívida pública.
Em desenvolvimento humano e trabalho, o país também foi o pior avaliado, com problemas como desigualdade de renda e gênero, baixa cobertura de saúde pública e leis trabalhistas que impactam negativamente as empresas.
A educação é outro ponto crítico: o Brasil ficou em último lugar, com poucos formandos em áreas como ciência, tecnologia, engenharia e matemática, além de baixa adesão ao ensino técnico. A Alemanha lidera esse indicador.
Confira o Ranking Geral Competitividade Brasil (2023-2024) elaborado pela CNI: