POLÍTICA

Governo Lula pede aos Estados Unidos que não classifiquem PCC e CV como grupos terroristas

Por sou curitiba

07/05/2025 às 10:11:13 - Atualizado há
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O governo do presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva informou nesta terça-feira (06/05) a uma comitiva dos Estados Unidos que não pretende classificar as facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas. A resposta foi dada durante reunião com David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções dos EUA, enviado ao Brasil pelo governo Donald Trump para discutir o combate ao crime organizado transnacional.

Segundo o secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, as facções brasileiras "não atuam em defesa de uma causa ou ideologia", característica essencial para enquadramento no conceito legal de terrorismo. "Elas buscam o lucro através dos mais variados ilícitos", afirmou Sarrubbo à coluna Painel, da Folha de S. Paulo. O secretário não participou diretamente da reunião com Gamble, que ocorreu no Ministério da Justiça com representantes da área técnica.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também não esteve presente no encontro, pois participava de um seminário promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Madri, na Espanha.

A posição do governo Lula contrasta com a defendida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que se reuniu com outro integrante da delegação norte-americana, Ricardo Pita, do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado. O senador entregou aos representantes dos EUA um dossiê elaborado pelas Secretarias de Segurança do Rio de Janeiro e de São Paulo, relacionando as ações do PCC e do CV a práticas terroristas, citando inclusive supostos vínculos com o grupo extremista Hezbollah.

"Precisamos dessa interlocução com autoridades internacionais que estão acostumadas a combater esse tipo de marginal, inclusive declarando essas organizações aqui no Brasil como organizações terroristas", defendeu Flávio Bolsonaro após a reunião de segunda-feira (05/05).


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Fonte: Gazeta Brasil
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