A Suprema Corte da Argentina confirmou por unanimidade, nesta terça-feira (10/06), a condenação da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner a seis anos de prisão por administração fraudulenta e prejuízo à administração pública.
Além da pena privativa de liberdade, o tribunal ratificou a proibição perpétua de que a líder peronista volte a ocupar cargos públicos.
A decisão, assinada conjuntamente pelos juízes Horacio Rosatti, Carlos Rosenkrantz e Ricardo Luis Lorenzetti, que compõem o mais alto tribunal do país, rejeitou os argumentos apresentados para anular a sentença proferida em dezembro de 2022 pelo Segundo Tribunal Federal de Oratória.
Amiga do presidente petista Lula, Cristina Kirchner, que governou a Argentina entre 2007 e 2015, foi responsabilizada por irregularidades em processos licitatórios envolvendo obras rodoviárias na província de Santa Cruz, reduto político da família Kirchner.
A acusação sustenta que houve favorecimento de empreiteiras próximas ao círculo da ex-presidente, configurando administração fraudulenta. Ela já havia sido condenada em duas instâncias antes de recorrer à Suprema Corte.
Com a sentença confirmada, o caso retornará ao Segundo Tribunal Federal de Oratória, que deverá ser formalmente informado da decisão. Cristina Kirchner tem agora cinco dias úteis para se apresentar às autoridades.
Por ter mais de 70 anos, sua defesa poderá solicitar o cumprimento da pena em regime domiciliar, o que deverá ser analisado pelo tribunal no mesmo prazo.