Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirma que o Brasil "caminha para ingovernabilidade completa"

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou a gastança do governo petista Lula, nesta quarta-feira (11/06), e alertou que o Brasil caminha para a ingovernabilidade completa, independente de quem for o próximo presidente da República, se não houver um debate a respeito do dever de casa de cortar as despesas. A informação é do Diário do Poder.

Ao exaltar o papel do Congresso Nacional na busca por atender as propostas do governo petista para melhorias econômicas, Motta ressaltou que tem buscado trazer a gestão de Lula para um debate que não vise o mero aumento de arrecadação. Mas que faça uma discussão mais estruturante, com novo modelo de Estado para o País, mais eficiente por meio da tecnologia, menos perdulário, que desperdice menos, para entregar serviços de melhor qualidade e instituir meritocracia.

Motta deu como exemplo o fato de ter barrado o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que classificou como "medida equivocada" de solução fiscal. E concluiu que o governo entendeu que o Congresso não mais permitiria que as discussões pudessem se dar dessa forma, após uma vitória da mobilização do setor produtivo, que chegou à classe política, ao Legislativo.

"Penso que já passou da hora de podemos discutir justamente essas despesas obrigatórias que levam o nosso país para, num futuro muito próximo, chegarmos num estágio de governabilidade. O Brasil caminha, se não quiser fazer essa discussão, para ingovernabilidade completa, para quem quer que venha ser o Presidente da República. Essa não é mais uma discussão de esquerda e de direita. É uma discussão acerca do país", disse Hugo Motta, no 2º Brasília Summit, realizado pelo LIDE em parceria com o jornal Correio Braziliense.

Motta ainda destacou que deverá cobrar uma revisão das isenções fiscais e dos benefícios tributários no Brasil, por causa do alto índice desses mecanismos que atinge um nível de insuportabilidade de R$ 800 bilhões de reais ao ano.