A Justiça do Rio de Janeiro condenou na quarta-feira (30) o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Jorge Zelada (2008 – 2012), a 9 anos e 5 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo o MPF, as irregularidades do ex-diretor da estatal envolvem a construção da plataforma P50.
A procuradoria diz que Zelada recebeu US$ 3,3 milhões em formato de propina para ajudar um estaleiro, o Jurong, de Cingapura, a conseguir um aditivo de contrato de US$ 67,5 milhões para que a petrolífera brasileira convertesse um navio na plataforma.
De acordo com o MPF, Zelada teria elaborado um relatório justificando a necessidade desse aditivo de contrato.
Segundo as investigações, ele recebeu a propina em uma conta bancária na Suíça. Zelada também chegou a ser preso em 2015, na 15ª fase da Lava Jato, mas foi solto em 2019.
O MPF afirma ainda que o suborno recebido por Zelada foi pago por duas pessoas, Júlio Faermann e Luís Eduardo Campos Barbosa da Silva, que seriam representantes do estaleiro no Brasil. Ambos fizeram um acordo de colaboração premiada.
Júlio foi condenado a 2 anos e 9 meses de prisão e Luís Eduardo a 8 anos e 3 meses por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Mas, as duas penas foram substituídas por 2 anos de prisão em regime aberto.