O vereador Pastor Marciano Alves (Solidariedade-PR) propôs um projeto de lei que visa proibir o uso da linguagem neutra, ou não binĂĄria, nas escolas de Curitiba, ParanĂĄ. O projeto jĂĄ começou a tramitar na Câmara Municipal.
A linguagem neutra é uma pauta levantada por grupos progressistas, que consideram que o masculino usado como gĂȘnero neutro torna a lĂngua machista. Ela utiliza outras vogais, consoantes ou sĂmbolos nas palavras, a fim de indicar essa "neutralidade", ou seja, nem masculino e nem feminino.
"A chamada linguagem neutra atende a uma pauta ideológica especĂfica, que tenta segregar ainda mais as pessoas. Logo, tal linguagem em absolutamente nada contribui para o desenvolvimento estudantil do aluno" disse o vereador.
Para Marciano Alves, que integra a bancada evangélica da Câmara Municipal de Curitiba, "não raras são as vezes em que essa lógica de ensino é subvertida, criando-se uma linguagem completamente errônea e descabida para a formação do aluno".
De acordo com o texto apresentado pelo parlamentar, a restrição também valeria para os editais de concursos pĂșblicos municipais.
O texto da proposta garante aos estudantes "o direito ao aprendizado da lĂngua portuguesa de acordo com as normas legais de ensino, estabelecidas com base nas orientações nacionais de Educação, pelo VocabulĂĄrio OrtogrĂĄfico da LĂngua Portuguesa [Volp] e da gramĂĄtica, elaborada nos termos da reforma ortogrĂĄfica ratificada pela Comunidade dos PaĂses de LĂngua Portuguesa [CPLP].
Para tornar-se lei municipal, o texto do projeto tem que ser aprovado pelos Vereadores e pelo Prefeito.