Elize Matsunaga é investigada pela Polícia Civil de São Paulo (PC-SP) após uma suspeita sobre uso de um documento falso para ser empregada em uma empresa de construção civil no município de Sorocaba, no interior do estado.
Ela foi condenada a 16 anos de prisão após matar o empresário Marcos Kitano Matsunaga, em 2012. Em maio do ano passado, ela teve liberdade condicional concedida pela Justiça.
De acordo com o jornal O Globo, a função de Elize era acompanhar obras dentro de condomínios de luxo da região.
Como para ter acesso ao trabalho é preciso apresentar atestado negativo para antecedentes criminais, ela teria apresentado um documento falso.
Elize teria pego o documento em nome de outro funcionário e colado por cima seu nome de solteira, Elize Araújo Giacomini.
Elize Matsunaga foi detida nesta segunda-feira (27/02) enquanto trabalhava como motorista de aplicativo em Franca (SP), onde mora atualmente.
Em depoimento, ela teria negado que seja autora da falsificação e que tenha usado tal documento.
Os policiais teriam ido até a antiga residência de Elize em Sorocaba e vasculhado seus armários.
A polícia encontrou fotos e vídeos da acusada tomando bebidas alcoólicas na praia, o que viola a condicional do regime aberto.
O material será encaminhado para o promotor que acompanha a execução penal de Elize.
O promotor Luiz Marcelo Negrini, que acompanha a execução penal dos presos do regime fechado de Tremembé, afirmou que Elize Matsunaga pode voltar ao sistema prisional:
"Prática de crime no curso do aberto dá regressão. Caso ela seja condenada pelo crime novo, essa nova pena será acrescida ao que faltava. Só depois deverá ser fixado pelo juiz o regime adequado".
O advogado de Elize, Luciano Santoro, pediu aos policiais na delegacia em que a acusada ficou detida provarem que ela era a autora da falsificação do documento.
Santoro também questiona a afirmação que ela teria ingerido bebida alcoólica.
Ele disse ainda que Elize não precisaria falsificar atestado de antecedente criminal porque seu processo não foi tramitado e julgado, já que ele apelou ao STJ para reduzir pela segunda vez a pena.
Gazeta Brasil