Depois de serem expulsos de uma propriedade rural no interior da Bahia, militantes do MST chamaram os fazendeiros locais de invasores. O caso ocorreu nesta semana, em Macajuba, município na Chapada Diamantina.
No domingo (12/03), militantes do movimento invadiram a Fazenda Recreio, que possui a área de 1,4 mil hectares. O ato fez com que produtores rurais da região se unissem para exigir a retirada do grupo. Diante da reintegração de posse iminente, o movimento publicou uma nota dizendo que os produtores ameaçavam "invadir" a área.
No mesmo texto em que o MST chamou os fazendeiros de "invasores", há o relato da presença de "muitos policiais" em frente ao local.
A Polícia Militar da Bahia esteve na área para mediar a saída do MST, os verdadeiros invasores. A Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb) monitorou o caso e elogiou o trabalho dos agentes.
Em nota dirigida à imprensa, a Faeb declarou que a atuação dos policiais diante da situação ocorreu de forma pacífica. "A entidade reitera que repudia veementemente as invasões e qualquer outro ato pautado na ilegalidade e defende o direito de propriedade privada, garantido pela Constituição Federal de 1988", escreveu a federação.
A federação repudiou a invasão e informou que requisitou uma reunião de urgência com o governador baiano, Jerônimo Rodrigues (PT). Ainda não houve resposta para a solicitação. No Estado, o MST também invadiu três fazendas da Suzano Papel e Celulose. O ato teve fim, depois que Justiça determinou a saída dos invasores de todas as propriedades da empresa.
De volta ao poder, o presidente Lula criou o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Paulo Teixeira, escolhido pelo político para comandar a pasta, é próximo do movimento.
Além disso, Teixeira anunciou que a Companhia Nacional de Abastecimento será presidida por Edegar Pretto. Ele é filho de Adão Pretto, fundador do MST, e irmão de Adão Pretto Filho, deputado estadual eleito com o apoio dos sem-terra.
Revista OESTE