BRASIL

Justiça manda soltar doleira Nelma Kodama, acusada de narcotráfico com o PCC

A decisão foi tomada pelo desembargador do TRF-1, Ney Bello

Por sou curitiba

21/06/2023 às 11:43:42 - Atualizado há
Foto: Reprodução/GloboNews

O desembargador do TRF-1, Ney Bello, mandou soltar a doleira Nelma Kodama, acusada de tentar enviar 580 kg de cocaína para a Europa. A droga foi apreendida na fuselagem de um avião em 9 de fevereiro de 2021 no aeroporto internacional de Salvador (BA).

De acordo com a Polícia Federal (PF), uma parte da droga pertencia a Nelma e o restante a um integrante do alto escalão do PCC.

A PF apurou que o jato, da empresa portuguesa Omni Aviação e tecnologia, foi fretado pelo faccionado em Cascais, Portugal, em 21 de janeiro de 2021.

O carregamento da droga havia sido contratado pelo advogado Rowles Magalhães Pereira da Silva, ex-namorado de Nelma e ex-assessor parlamentar em Mato Grosso, de acordo com a PF.

O TRF-1 já havia determinado a libertação de Rowles Magalhães Pereira da Silva.

Nelma Kodama foi presa em abril de 2022 em um hotel de luxo em Lisboa, Portugal, durante a Operação Descobrimento da PF, deflagrada para desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico de cocaína.

As investigações tiveram início após a apreensão dos 580 kg da droga. Além dos traficantes, a quadrilha era composta por mecânicos de aviação e auxiliares, transportadores e doleiros.

A organização criminosa agia no Brasil e em território português. Kodama já está presa na Penitenciária Feminina de Santana, no Carandiru, zona norte paulistana, e deve ser solta ainda hoje.

De acordo com Ney Bello, a doleira terá de cumprir medidas cautelares, como usar tornozeleira eletrônica, não mudar de endereço sem avisar a Justiça, não frequentar bares no período noturno e não manter contato com os corréus no processo que responde por tráfico internacional de drogas.

1ª doleira da Lava Jato, Nelma Kodama foi presa anteriormente em março de 2014, no aeroporto internacional de SP, quando tentava embarcar para Milão, na Itália, com 200 mil euros escondidos na calcinha.

No mesmo ano, a doleira acabou condenada a 18 anos e 4 meses de prisão.



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Fonte: Gazeta Brasil
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