"Só há um investigado neste caso: o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro"
Em nota divulgada na tarde desta terça-feira (18/07), o Ministério Público Federal (MPF) esclareceu que as pessoas que seguem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais não estão sendo investigadas.
De acordo com o MPF, o pedido feito pela PGR para ter acesso a essas informações teria o "objetivo de subsidiar investigações sobre os atos antidemocráticos".
Na segunda (17/07), a PGR pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as plataformas digitais enviem uma lista completa com os nomes e dados de identificação dos seguidores de Bolsonaro nas redes sociais.
As redes sociais teriam que informar a quantidades de visualizações, curtidas, compartilhamentos, comentários e "demais métricas aferíveis", de acordo com o pedido feito ao STF.
"A respeito de reportagens publicadas nos últimos dois dias sobre pedido da Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal para acesso a dados relativos aos seguidores de Jair Bolsonaro em redes sociais, o órgão esclarece que essas pessoas não estão sendo investigadas nem terão seus dados expostos. O objetivo do pedido é obter informações que permitam avaliar o conteúdo e a dimensão alcançada pelas publicações do ex-presidente em relação aos fatos ocorridos em 8 de janeiro nas redes sociais.
Carlos Frederico Santos – subprocurador-geral da República, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos e autor do pedido – esclarece que "impõe-se dimensionar o impacto das publicações e o respectivo alcance. Jamais iria investigar milhões de pessoas, seria até impossível fazer isso", explica. Ele lembra ainda que, além dos admiradores ou aficcionados do ex-presidente, há pessoas que o seguem por curiosidade, informação, motivação profissional, acadêmica ou interesses diversos. "Só há um investigado neste caso: o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro", conclui".