O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou uma doação de R$ 100 mil para a viúva do soldado da Rota, Patrick Bastos Reis, que foi morto no final de julho em Guarujá, no litoral paulista, por um traficante do Primeiro Comando da Capital. A informação foi divulgada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente.
"Parabéns ao Presidente @jairmessiasbolsonaro pela iniciativa de doar R$ 100 mil para a viúva do Soldado PMESP da @rota_bta Patrick Bastos Reis, assassinado na operação na Baixada Santista no dia 27 de julho", escreveu o senador em rede social.
Além disso, foi revelado que Jair Bolsonaro recebeu cerca de R$ 17,2 milhões via transição por Pix entre janeiro e julho deste ano. No mês de junho, seus apoiadores se mobilizaram em uma campanha para arrecadar dinheiro e ajudá-lo a quitar uma dívida com o estado de São Paulo, no valor de mais de R$ 1 milhão, referente ao não uso de máscara durante a pandemia de Covid-19.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, o autor do tiro que amtou o policial Patrick Bastos Reis é Erickson David da Silva, também conhecido como Deivinho, de 28 anos. Segundo informações, ele atuaria como segurança do tráfico. Apesar de admitir ter estado presente no local do crime, ele nega ter apertado o gatilho. Outras duas pessoas, Marco Antônio de Assis Silva, o "Mazaropi", de 26 anos, e Kauã Jazon da Silva, irmão de Deivinho, de 20 anos, também estão envolvidas no caso e foram indiciadas. A investigação apontou que eles dividiam as funções e nada fizeram para impedir a ação de Deivinho.
O Ministério Público de São Paulo acolheu a versão apresentada pela polícia e apresentou denúncia contra os três suspeitos. Entretanto, pediu a realização de confronto balístico, entre outras diligências. O assassinato do policial Patrick Bastos Reis foi o motivo para a deflagração da Operação Escudo, realizada pelo governador Tarcísio de Freitas, com o objetivo de combater a atuação do Primeiro Comando da Capital no litoral paulista.
Em um balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, foi informado que, desde o início da Operação Escudo, em 28 de julho, até o dia 7 de agosto, 16 pessoas foram mortas, 246 pessoas foram presas e mais de 720 quilos de drogas foram apreendidos pelas polícias Civil e Militar.