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POLÍTICA

"Investigados pela Lava Jato conviverão pelo resto da vida com trauma", diz ex-diretor da Odebrecht


Foto: Divulgação/Odebrecht

Em seu site, o ex-diretor jurídico da Odebrecht, Maurício Ferro, comentou sobre a anulação de todas as provas das delações da empreiteira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.

De acordo com ele, a anulação do acordo de leniência da Odebrecht não é suficiente para reparar os danos causados aos acusados.

"Por mais que se desmascare esta aberração jurídica e se desinfete a alma com a possibilidade de se colocar na cadeia esses trapaceiros da lei, os danos que causaram à sociedade e aos indivíduos são irreparáveis", afirma Ferro.

O ex-diretor jurídico da Odebrecht argumentou que, mesmo inocentados no processo penal pelo STF, os investigados pela Lava Jato que se tornaram réus não conseguem sempre retomar suas vidas.

"Mesmo assim, convivem e conviverão pelo resto da vida com o trauma do sofrimento e com as cenas de exposição na mídia e nas redes sociais de seus depoimentos, prisões e exposição de familiares", explicou.

"Seus filhos sofreram preconceitos nas escolas, os bancos cancelaram suas contas correntes, foram expulsos de clubes recreativos e outros tiveram seus vistos de entrada em demais países cancelados. Alguns sofreram perseguições em outros países. Foram abandonados pelos amigos ou, supostos amigos e, até mesmo familiares lhe deram as costas", completou o ex-diretor.

Maurício Ferro também disse em seu site que os réus terão dificuldades em atividades como venda de imóveis, acesso a crédito, e muito menos contratação no mercado de trabalho.

"Tornou-se um nada social, uma mera alma vagante no mundo privado", concluiu o ex-diretor.






Gazeta Brasil

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