O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) vai investigar a conduta de Marcelle Decothé da Silva, ex-assessora da ministra Anielle Franco, por supostas declarações racistas e xenofóbicas contra a torcida do São Paulo.
Marcelle publicou em seu Instagram, durante a final da Copa do Brasil, críticas à torcida do clube paulista. "Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade", escreveu ela, usando a linguagem neutra. Depois, ainda acrescentou: "Pior, tudo de pauliste".
As declarações foram alvo de uma série de representações de deputados federais e estaduais, incluindo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o deputado Gil Diniz (PL-SP). O MP-SP encaminhou o caso para o Fórum Criminal da Barra Funda, onde um promotor de Justiça vai examinar e tipificar a conduta de Marcelle.
A assessora especial foi exonerada do Ministério da Igualdade Racial. Em nota, o ministério afirmou que as declarações de Marcelle nas redes sociais "estão em evidente desacordo com as políticas e objetivos do MIR". A pasta informou ainda que o caso será investigado pelo Comitê de Integridade, Transparência, Ética e Responsabilização para "prevenir ocorrências que contrariem os princípios norteadores da missão do ministério".
A polêmica envolvendo Marcelle não foi a única envolvendo a ministra Anielle Franco. A ministra também foi criticada por viajar de Brasília a São Paulo em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).