O ministro dos Direitos Humanos de Lula, Silvio Almeida, foi criticado por sua falta de posicionamento em relação aos ataques do grupo terrorista Hamas contra Israel, mesmo após a confirmação da morte de dois brasileiros e com uma brasileira ainda desaparecida.
Recentemente, autoridades israelenses relataram a descoberta de dezenas de crianças mortas, incluindo menores decapitados, em um kibutz invadido por militantes do grupo fundamentalista Hamas, localizado a menos de 3 quilômetros de Gaza, chamado Kfar Azza.
Em entrevista ao jornal o Estado de S. Paulo, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, cobrou um posicionamento mais firme por parte do governo brasileiro contra o grupo terrorista Hamas.
Ele ressaltou que as atrocidades ocorridas exigem palavras mais duras do que as utilizadas até o momento. Entre os relatos estão mulheres estupradas e crianças decapitadas diante de seus pais. Segundo Zonshine, o Hamas não representa os palestinos e é importante diferenciar essas duas entidades.
Quando questionado se o governo brasileiro tem dificuldade em fazer essa distinção, Zonshine respondeu: "É necessário perguntar a eles (o governo brasileiro), porque eles não falam em terror".
A declaração oficial do Itamaraty, divulgada no sábado, 7, condenou os ataques em Israel, mas não mencionou o terrorismo nem o Hamas. Posteriormente, o presidente Lula manifestou seu "repúdio ao terrorismo em qualquer uma de suas formas", sem mencionar especificamente o grupo terrorista Hamas.
Mais cedo, ministro dos Direitos Humanos apenas compartilhou publicação feita pela da pasta no X: "O MDHC manifesta solidariedade à família e aos amigos de Ranani e reitera a manifestação do Estado brasileiro de repúdio a ataques contra a população civil".
"O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (@mdhcbrasil ) lamenta profundamente a morte do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, vítima dos atentados do dia 7 de outubro em Israel. O MDHC manifesta solidariedade à família e aos amigos de Ranani e reitera a manifestação do Estado brasileiro de repúdio a ataques contra a população civil. A Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos transmitirá as informações recebidas ao Itamaraty acerca da situação dos brasileiros na zona de conflito.