Nesta sexta-feira (13/10), o Exército Brasileiro confirmou o furto de 21 metralhadoras de grosso calibre de sua base militar localizada em Barueri, na região metropolitana de São Paulo.
Segundo a corporação, em uma inspeção conduzida na terça-feira passada (10/10), os militares identificaram o desaparecimento de 13 metralhadoras de calibre .50 e de outras 8 metralhadoras com calibre 7,62.
É relevante ressaltar que as metralhadoras .50 são reconhecidas por sua grande capacidade de fogo e alcance, sendo capazes de atingir aeronaves.
Todas as armas levadas são "inservíveis", ou seja, não funcionavam, e passariam por manutenção. O Exército informou que irá apurar internamente o que ocorreu por meio de um inquérito policial militar.
O Instituto Sou da Paz, entidade sem fins lucrativos que faz estudos sobre armas e segurança pública, informou que entre janeiro de 2015 a março de 2020, 27 armas do Exército foram roubadas, furtadas ou desviadas no Brasil.
De acordo com o portal "Metrópoles", militares que trabalham num paiol onde as armas furtadas estavam não podem voltar para casa após o desaparecimento do arsenal.
O Comando Militar do Sudeste (CMSE) informou que a investigação está em curso por meio de um inquérito policial militar e que o Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP) segue os procedimentos previstos para o caso.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o caso está sendo investigado internamente pelo Exército e que as polícias auxiliam na procura das armas.
Metralhadoras como os modelos furtados do Exército em Barueri costumam ser desviadas e usadas por criminosos em ataques a carros-fortes e roubos a bancos no país. Esse tipo de arma é de uso restrito do Exército brasileiro.