Em parecer encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu que a Corte rejeite a abertura de uma investigação sobre um relógio de pulso recebido como "presente oficial" pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2005 e não declarado pelo petista.
O parecer foi assinado pelo subprocurador-geral da República, Carlos Frederico dos Santos.
No documento, Frederico afirma que a ação contra Lula tem "claro viés político" e é "manifestamente descabida".
O subprocurador também diz que o relógio de Lula não tem qualquer relação com a suposta negociação ilegal de presentes oficiais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele afirmou ainda que a representação não indicou provas ou fatos novos e apenas repetiu matérias jornalísticas.
O relógio, da marca Piaget, foi dado a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo então presidente da França, Jacques Chirac, e é avaliado em R$ 80 mil.
Em 2016, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que os ex-presidentes restituíssem os presentes recebidos em função do cargo.
Lula alega que devolveu mais de 400 itens, mas ficou com o relógio. O petista também ficou com outros dois relógios de luxo e um colar de ouro branco.