POLÍTICA ELEIÇÕES 2022

PGR pede arquivamento de investigação contra Bolsonaro por suposta interferência na PF

Por sou curitiba

20/09/2022 às 15:35:45 - Atualizado hĂĄ
Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira (19/09), a Procuradoria Geral da RepĂșblica (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação na qual pede o arquivamento do inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro (PL) interferiu politicamente na PolĂ­cia Federal (PF).

No documento, a vice-procuradora-geral da RepĂșblica, Lindôra AraĂșjo, afirmou que "diante da atual falta de perspectiva de obtenção de novos elementos que autorizem conclusão diversa, é forçoso reconhecer a ausĂȘncia de elementos mĂ­nimos de convicção capazes de justificar o oferecimento de denĂșncia, estando ausente a justa causa para a deflagração de ação penal".

Para a vice-PGR, nenhuma das investigações desenvolvidas pela PF e identificadas como potencialmente de interesse do Presidente da RepĂșblica apurou crime de constituição de organização criminosa.

"Os fatos foram exaustivamente apreciados e deles não se extrai lastro probatório mĂ­nimo quanto a possĂ­veis materialidades e autorias delitivas. Também não foi identificado nenhum elemento mĂ­nimo de que o mandatĂĄrio tenha impedido ou embaraçado qualquer investigação que envolva organização criminosa, o que demonstra a falta de justa causa para a hipótese criminal em questão", afirmou.

A vice-PGR disse ainda que discordâncias polĂ­ticas não podem, por si só, corresponder à criminalização de condutas.

"Em outras palavras, os antagonismos que despontam da condução da gestão estatal, de nĂ­tidos contornos polĂ­ticos, não podem ser transferidos da arena governamental para a penal sem que existam indĂ­cios efetivos da ocorrĂȘncia de prĂĄticas ilĂ­citas sob a perspectiva criminal. O Direito Penal não socorre divergĂȘncias polĂ­tico-ideológicas, demandando certezas acima de quaisquer dĂșvidas razoĂĄveis quanto a atos jurĂ­dicos graves, que preencham todas as elementares dos tipos incriminadores".

Em março, a PF concluiu a investigação dizendo que Bolsonaro não cometeu crime e que o próprio Sergio Moro "declarou não haver qualquer pedido de informações ou ingerĂȘncia por parte do Presidente da RepĂșblica em investigações conduzidas pela PF".

Segundo a PF, não hĂĄ "elementos indiciĂĄrios mĂ­nimos" de crime na troca feita por Bolsonaro no comando da PF.


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