Desfecho confirma versão dos acusados, que viraram alvo de operação da PF
Após sete meses, a Polícia Federal (PF) decidiu não indiciar os envolvidos na confusão entre uma família de brasileiros e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e seu filho, em Roma (Itália).
Entretanto, apontou a existência de um crime de menor potencial ofensivo, que não cumpre requisitos mínimos para a responsabilização penal.
Segundo a investigação, Roberto Mantovani Filho seria responsável por "injúria real" contra o filho do ministro, Alexandre Barci de Moraes, no aeroporto.
As imagens das câmeras de segurança, que permanecem sob sigilo, mostram o momento em que Mantovani se dirige a Alexandre Barci e "o atinge no rosto com a mão direita, causando o deslocamento dos óculos do atingido".
O "crime de menor potencial ofensivo", explica a PF, é como "empurrar, puxar a roupa ou parte do corpo (puxões de orelha ou de cabelo), arremessar objetos, cuspir ". Por ter sido cometido no exterior, o ato não cumpre requesitos mínimos para ser responsabilizado no Brasil.
Mantovani, sua esposa Andrea e o genro do casal, Alex Zanatta, foram alvo de operação de busca e apreensão dias após a confusão.
As imagens das câmeras foram mantidas sob sigilo durante toda a investigação, que ficou sob responsabilidade do próprio STF, sendo divulgadas apenas cenas congeladas.