A primeira-dama petista Rosângela da Silva, a Janja, disse nesta terça-feira (12/03) que o Brasil vivenciou uma "interrupção da democracia" nos seis anos que antecederam a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A fala foi feita durante a 68ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher da Organização das Nações Unidas (ONU).
Janja disse que, em sua opinião, houve uma interrupção na democracia brasileira durante o período que antecedeu a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ela também mencionou um período de suposto retrocesso nas políticas públicas entre 2016 e 2022, durante os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), no qual, segundo ela, alguns setores da população podem ter sido afetados.
"O Brasil teve uma interrupção na sua democracia, podemos falar assim. Por seis anos, o Brasil teve um retrocesso nas suas políticas públicas, ou seja, os mais necessitados, os mais vulneráveis e as mulheres deixaram de ser prioridades no governo do Brasil que antecedeu, agora, o terceiro mandato do presidente Lula", declarou Janja durante o painel "Rumo a economias com igualdade de gênero: fazer com que as finanças públicas trabalhem para a igualdade de gênero".
Ao longo do discurso, a primeira-dama ainda criticou o fato de o Brasil ter 16% de representação política feminina no Congresso. "A gente só vai alcançar realmente a igualdade de gênero, igualdade para as mulheres, quando a gente tiver mais mulheres no parlamento. É ali que as leis são propostas, é ali onde as mulheres podem levar efetivamente projetos de lei que atinjam diretamente a nós."
A esposa do presidente Lula integra a comitiva brasileira em Nova York, liderada pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. A comitiva participa de eventos da ONU e defende a agenda do governo petista em temas como igualdade de gênero e combate à pobreza.