No último dia 4, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a ex-professora Iraci Nagoshi, de 71 anos, a 14 anos de prisão por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa.
Antes da sentença, a defesa dela chegou a celebrar uma autorização que a Corte havia dado para que Iraci pudesse remover a tornozeleira a fim de ser submetida a uma cirurgia após ter quebrado o fêmur esquerdo quatro dias antes. As informações são da coluna No Ponto, da Oeste.
Jaysson França, advogado da ex-professora, ficou surpreso com o veredito do STF. A idosa também terá que pagar cem dias-multa, cada dia-multa no valor de um terço do salário mínimo.
Ela conseguiu passar por uma cirurgia, que foi bem sucedida. A tornozeleira teve que ser colocado novamente em Nagoshi, segundo disse, Newton Nagoshi, um dos filhos dela. Desde 2019, Iraci luta contra um câncer.
Inicialmente, a família decidiu que não revelaria a sentença para a idosa para que a notícia não atrapalhasse o procedimento. No último domingo (17/03), porém, ela soube da decisão do STF. De acordo com o filho, a idosa já esperava o resultado.
Iraci participou dos atos de 8 de janeiro. O advogado explicou que ela não cometeu vandalismo e só entrou no Palácio do Planalto para se proteger das bombas de efeito moral que a polícia jogou.