POLÍTICA

Dallagnol diz que áudios de Cid "destroem credibilidade do STF": "Pau de arara do século 21 estava no Supremo"

Por sou curitiba

22/03/2024 às 13:17:46 - Atualizado há
Foto: Reprodução/Podemos

Em meio a novos desdobramentos na investigação envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal, Deltan Dallagnol, lançou duras críticas à conduta do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. Em declarações feitas nesta quinta-feira (21/03), Dallagnol afirmou que Cid "destruiu a credibilidade" dos trabalhos da Polícia Federal (PF) e do Supremo Tribunal Federal (STF) no referido caso. (Veja a íntegra da publicação no final da matéria).

As acusações de Dallagnol surgiram em meio à divulgação de áudios atribuídos a Mauro Cid pela revista Veja. Em seu perfil no X (antigo Twitter), Deltan expressou sua preocupação, declarando: "Como temos denunciado há anos, parece que o verdadeiro pau de arara do século 21 e a verdadeira tortura de presos para obter delações, como disseram os senhores Dias Toffoli e Gilmar Mendes, não estava, como nunca esteve, na Lava Jato. Estava o tempo todo no STF."

Os áudios em questão revelam as preocupações e alegações de Mauro Cid, que possui acordo de colaboração premiada. Em uma conversa com um interlocutor, datada após 11 de março de 2024, Cid relata ter sido pressionado pelos policiais para confirmar informações de outras testemunhas. "Eles [os policiais] queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu. Você pode falar o que quiser. Eles não aceitavam e discutiam. E discutiam que a minha versão não era a verdadeira, que não podia ter sido assim, que eu estava mentindo", desabafou Cid.

Além disso, em outra parte dos áudios, Mauro Cid critica a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmando: "O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação." Essas declarações ecoam a preocupação do delator sobre a condução do processo e as possíveis consequências para os envolvidos.

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Fonte: Gazeta Brasil
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