O ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, teve um desmaio ao ser informado que seria preso novamente, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A notícia foi compartilhada pelo apresentador José Luiz Datena, durante o programa "Brasil Urgente" da TV Band, nesta sexta-feira (22/03).
Após prestar um novo depoimento no STF nesta mesma sexta-feira (22/03), o militar foi conduzido de volta à prisão. Segundo informações do tribunal, a detenção ocorreu devido ao descumprimento de medidas judiciais e obstrução de justiça, embora as especificidades das medidas não tenham sido divulgadas.
A prisão se sucedeu ao vazamento de áudios nos quais Cid alega ter sido coagido pela Polícia Federal durante os interrogatórios. Nestas gravações, o militar também critica Moraes. Os áudios foram publicados pela revista "Veja" na quinta-feira (21/03).
Desde setembro do ano passado, Cid estava em prisão domiciliar sob monitoramento eletrônico, após ter aceitado um acordo que foi homologado por Moraes.
Agora, o acordo será reexaminado pelo magistrado, que pode revisar os benefícios anteriormente concedidos pela PF, especialmente a pena máxima de 2 anos de prisão. Contudo, os termos da colaboração, incluindo o que já foi relatado à Polícia Federal, permanecem inalterados e não estão sujeitos à revisão pelo ministro.
Cid foi convocado por Moraes pela manhã e a audiência foi conduzida pelo desembargador Airton Vieira, juiz instrutor designado pelo magistrado para a sessão, além de um representante da Procuradoria-Geral da República (PGR) e sua defesa, a cargo do advogado Cezar Bittencourt.
Durante o depoimento, Cid manifestou certa insatisfação com a condução das investigações, afirmando ter sido pressionado a aceitar o acordo e que os investigadores estavam mais interessados em validar suas próprias narrativas do que descobrir a verdade.