Pré-candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições municipais têm adotado uma estratégia de destaque para as cores da bandeira nacional, especialmente o verde, amarelo e azul, em detrimento do tradicional vermelho, em meio a uma disputa com os conservadores pelas representações visuais da pátria.
Esta abordagem é notável, especialmente no Sudeste e no Centro-Oeste, onde o presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva foi derrotado por Jair Bolsonaro em 2022.
Segundo o secretário de comunicação do PT, deputado Jilmar Tatto (SP), as campanhas municipais têm adaptado suas estratégias conforme as particularidades das eleições locais, mas enfatiza a importância de não negligenciar as cores verde e amarela.
"Temos uma orientação para não permitir que o outro lado se aproprie das cores verde e amarela. No entanto, cada campanha tem suas próprias características de acordo com a cidade. A bandeira do Brasil pertence ao povo brasileiro, e não vamos abrir mão disso", afirmou Tatto.
O partido também planeja lançar em breve uma campanha para atrair novos filiados, destacando as cores da bandeira nacional. No entanto, devido às restrições da legislação eleitoral, os pré-candidatos ainda não podem se apresentar diretamente como candidatos. Em algumas regiões, os potenciais candidatos têm criado movimentos para organizar atividades de pré-campanha.
Em várias localidades, como Belo Horizonte, Goiânia e Vitória, pré-candidatos do PT têm adotado uma abordagem visual que prioriza o verde, amarelo e azul, em sintonia com o resultado das eleições de 2022, onde Bolsonaro obteve vitória. Esta estratégia também é observada em cidades fora das capitais, como Uberlândia, no Triângulo Mineiro, onde o agronegócio tem influência significativa.
Essa preferência por cores da bandeira nacional tem gerado discussões internas no PT, especialmente à luz das últimas eleições presidenciais.