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Dias Toffoli é destaque de matéria do Financial Times: "O juiz por trás da campanha para enterrar a maior investigação de corrupção da América Latina"

Por sou curitiba

06/06/2024 às 17:22:27 - Atualizado há
Foto: Reprodução

Recentemente, um encontro presidido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva concentrou-se no auxílio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul (RS). Entretanto, a atenção do encontro foi desviada pela presença dos irmãos Joesley e Wesley Batista, conhecidos por seu envolvimento no escândalo de corrupção da Lava Jato, segundo o jornal americano Financial Times.

Sentados ao lado de Lula, os bilionários donos da JBS, que admitiram pagar milhões em propinas, representavam um retorno surpreendente ao cenário político.

"Para muitos, esse retorno público destaca como a herança da operação Lava Jato está sendo apagada desde que Lula assumiu seu terceiro mandato no ano passado", diz a publicação do Financial Times.

Uma investigação de uma década revelou uma corrupção generalizada que envolveu políticos e empresários durante o governo anterior do partido de Lula. "A Suprema Corte, especialmente o ministro Dias Toffoli, tem desempenhado um papel crucial na reversão dos resultados da Lava Jato", diz o jornal americano.

"O juiz por trás da campanha para enterrar a maior investigação de corrupção da América Latina", afirma o jornal sobre Toffoli.

No mês passado, o ministro do STF anulou todas as condenações criminais contra Marcelo Odebrecht, figura central da Lava Jato, que havia admitido subornos em 2016. O Departamento de Justiça dos EUA descreveu o esquema como "o maior caso de suborno estrangeiro da história".

No mesmo dia, o Supremo ainda anulou a condenação de 2017 de José Dirceu, outro aliado de Lula, alegando prescrição.

Nos últimos 6 meses, Dias Toffoli também suspendeu multas de corrupção milionárias impostas à Odebrecht, agora Novonor, e à J&F, holding dos irmãos Batista.

Ativistas e políticos da oposição alegaram conflito de interesse, pois a esposa de Toffoli havia trabalhado como advogada para a J&F.

"Em resposta, o gabinete de Toffoli afirmou que suas decisões seguiram precedentes da corte de 2022 e estavam "baseadas na constituição e nas leis do país", afirma o jornal.

Toffoli, que se tornou ministro em 2009 por Lula e deve se aposentar em 2042, afirmou que o conluio na Lava Jato impediu o devido processo legal.

De acordo com o Financial Times, fontes próximas ao ministro do STF disseram que ele sempre criticou os excessos da operação: "A esposa de Toffoli representou a J&F em um caso não relacionado e não trabalha mais para a empresa. A lei brasileira não exigia que Toffoli se afastasse do caso da J&F".


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Fonte: Gazeta Brasil
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