Mais de 90 mil famílias que moram em Curitiba não possuem moradia digna e compõem o chamado déficit habitacional da cidade. É o que revela a "Pesquisa de Necessidade Habitacionais do Paraná 2023", divulgada pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar). Conforme o estudo, esse contingente é formado, na Capital, por 41.147 famílias que constam em cadastros para aquisição de casas (do próprio Cohapar e da Cohab), 43.461 que vivem nas 322 favelas espalhadas pela cidade e outras 7.400 que estão em 93 loteamentos irregulares localizados no município.
O déficit habitacional, esclarece ainda o estudo, é a necessidade de produção de moradias, sendo composto pelo:
- 1) Cadastro de Pretendentes da Cohapar e dos municípios (com descontando 30%, pois não se tem um cadastro de pretendentes único, podendo haver dupla contagem);
- 2) a parte dos assentamentos precários (ocupações irregulares e/ou favelas e loteamentos irregulares) que estão em área de preservação e risco e precisam de reassentamento total ou parcial;
- 3) e os cortiços (imóveis adaptados, destinados inicialmente a uma única família, atividade comercial, industrial ou a qualquer outra função, mas que em função da degradação do bairro ou do imóvel foram subdivididos internamente em cômodos de aluguel, com condições de habitabilidade precárias).
A pesquisa, que foi realizada pela primeira vez em 2010 e está em sua quarta atualização (já havia sido atualizada em 2015, 2019 e 2020), é o principal subsídio para a elaboração do Diagnóstico do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social do Paraná (PEHISPR), das políticas e programas habitacionais do estado. Segundo a Cohapar, em 2023 foram mobilizados todos os municípios do estado, com a capacitação de em torno 900 técnicos em todo o Paraná para que os dados do estudo fossem atualizados. A informação é do Portal Bem Paraná, clique aqui e leia a matéria completa.