MUNDO SAÚDE

Falta de sexo aumenta risco de morte prematura em homens, aponta estudo

Por sou curitiba

12/03/2025 às 10:18:31 - Atualizado há
Foto: Pixabay

Uma pesquisa realizada no Japão indicou que homens com baixo desejo sexual podem ter um risco até 69% maior de morte prematura. O estudo analisou dados de mais de 20 mil pessoas e identificou que a falta de libido nos homens foi associada a uma maior probabilidade de morte, independentemente de fatores como tabagismo, consumo de álcool, obesidade, doenças preexistentes e prática de exercícios físicos. As informações são da Gazeta Brasil.

Os pesquisadores da Universidade de Yamagata acompanharam a saúde de mais de 7,5 mil homens e 11 mil mulheres com mais de 40 anos ao longo de sete anos. No início do estudo, os participantes responderam se tinham interesse sexual por pessoas do sexo oposto. Aqueles que responderam negativamente foram classificados como indivíduos com baixa libido.

A análise dos dados revelou que homens com pouco interesse sexual tinham 72% mais chances de morrer de câncer, embora o estudo não tenha identificado um maior risco de desenvolvimento da doença inicialmente. Curiosamente, a pesquisa não encontrou a mesma relação entre falta de libido e mortalidade entre as mulheres, apesar de elas serem mais propensas a relatar menor desejo sexual.

Os cientistas destacaram que a ausência de desejo sexual pode estar ligada a fatores psicológicos, como menor motivação para viver, conhecida no Japão como "ikigai". Além disso, homens com baixa libido apresentavam maior tendência a consumir álcool em excesso, ter diabetes, sofrer de angústia psicológica e ter menor nível de escolaridade.

Embora os achados tenham sido publicados na revista científica PLOS One, os pesquisadores ressaltam que o estudo é observacional e, portanto, não pode comprovar que a falta de desejo sexual causa diretamente um aumento no risco de morte. Eles sugerem que novos estudos sejam conduzidos para esclarecer a relação entre interesse sexual e longevidade.

Pesquisas anteriores também indicam benefícios do sexo para a saúde. Um estudo britânico apontou que homens acima de 50 anos que mantêm relações sexuais regularmente têm menor risco de desenvolver câncer e outras doenças crônicas. Outro estudo nos Estados Unidos mostrou que homens que fazem sexo com frequência podem ter até 45% menos chances de desenvolver doenças cardíacas.

Além disso, cientistas já associaram a frequência de ejaculação a um menor risco de câncer de próstata. Homens que ejaculam pelo menos 21 vezes ao mês apresentaram uma redução de até um terço na probabilidade de desenvolver a doença.

Os benefícios da atividade sexual vão além da saúde física, incluindo melhora do sono, fortalecimento do sistema imunológico e alívio de sintomas de depressão e ansiedade. No entanto, especialistas alertam que a relação entre sexo e longevidade pode estar ligada ao fato de que pessoas que fazem menos sexo já podem estar enfrentando problemas de saúde antes de serem diagnosticadas.


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