Na quinta-feira (16/11), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou que não irá demitir os secretários do ministério que realizaram audiências com a mulher do líder do Comando Vermelho (CV) na sede da pasta.
De acordo com o ministro, uma demissão dos seus subordinados ocasionaria uma desmoralização na sua própria imagem. As declarações foram feitas em uma agenda no Ceará.
"Os secretários que receberam praticaram algum ato ilegal? Os secretários praticaram algum crime? Beneficiaram supostamente o Comando Vermelho em quê? É preciso ter um pouco de responsabilidade e de seriedade", disse o ministro de Lula.
"Eu tenho o comando da minha equipe, confio na minha equipe e eu não demito secretário de modo injusto. Se eu fizesse isso, quem iria ser desmoralizado não ia ser o secretário, era eu", afirmou o ministro da Justiça.
O Ministério da Justiça de Dino deu andamento a pedidos da ONG Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), entidade que recebeu dinheiro do CV.
Dino afirmou ainda que os ataques que vem recebendo por conta do caso são um "desespero" de opositores.
"Obviamente é um desespero político de quem está insatisfeito com o combate ao crime organizado que nós estamos fazendo", disse o ministro.