Depois de a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, encampar uma batalha contra a expressão "buraco negro", é a vez de a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, se insurgir contra uma combinação de palavras alegadamente racista.
Durante a sessão, ao descrever as descobertas da CPI, Plínio Valério utilizou a expressão "caixa-preta", o que levou a uma intervenção de Marina Silva. Ela argumentou que a associação da cor preta com aspectos negativos é inapropriada, destacando que tal uso pode ter implicações raciais.
João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, sugeriu a substituição do termo por "caixa-laranja", proposta que foi ironizada por Valério. Em resposta, ele disse: "Então, pode se esculachar os laranjas". O presidente da CPI também mencionou a expressão "caixa de Pandora" em sua fala.
A expressão caixa-preta se refere ao dispositivo que registra dados de uma viagem de avião. Ela é chamada assim porque os dispositivos originais eram pretos hoje são laranja, para facilitar sua identificação após um acidente.
Há outras explicações possíveis para a origem no nome, "preta" pode se referir ao seu interior, mas nenhuma delas tem relação com raça, como sugere mais uma ministra do governo Lula.