Indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça, Flávio Dino, abriu sua sabatina na CCJ do Senado Federal nesta quarta-feira (13/12) dizendo que não estava se apresentando como político. "Não vim aqui fazer debate político", afirmou o comunista.
Porém, o ministro da Justiça disse que "não é estranha a presença de politicos e políticas nas supremas cortes" no Brasil e no mundo.
"Claro que o político tem de ter nitidez e exposição de suas posições, mas, para um juiz, é diferente. Não se pode imaginar o que um juiz será a partir de seu comportamento como político. É como julgar um goleiro por sua atuação como centroavante", comparou Dino.
"A pergunta que se põe é: o que fazer do Supremo?", disse o ministro da Justiça ao destacar seu "compromisso com a harmonia dos Poderes".
"Controvérsias são normais, mas não podem ser de qualquer maneira e não podem ser paralisantes e inibidoras do funcionamento das instituições", comentou Flávio Dino.
O indicado ao STF ainda detalhou o que considera o "coração da Constituição": "a forma federativa do Estado", a separação dos Poderes e o voto direto.