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POLÍTICA

"Crise yanomami não será resolvida em curto espaço de tempo", admite ministra de Lula


Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Durante transmissão no Instagram na terça-feira (16/01), a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, admitiu que a crise humanitária que se abateu sobre a Terra Indígena Yanomami não será resolvida tão cedo.

"Assim como foram décadas de invasão para chegar a este ponto, pode levar décadas para restabelecer tudo", disse a ministra indígena junto com o secretário nacional de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba.

"Para quem não conhece o território, é importante entender a complexidade [da situação]. E não só pensar: "ah! Passado um ano, não se deu conta". Ou: "Ah!, Em um ano vai resolver [os problemas]". Não resolvemos e, possivelmente, não se resolverá em toda a sua dimensão em 2024", acrescentou Guajajara.

A ministra ainda alegou que não basta tirar os "não-indígenas" das terras que a União destinou ao usufruto exclusivo dos Yanomami e distribuir cestas básicas para restabelecer as condições de saúde das comunidades locais.

Guajajara ressaltou na live que levará anos para que o território se regenere da destruição causada pelo garimpo ilegal.

"Para os yanomami terem seu modo de vida de volta é preciso retirar os invasores [da área]. É preciso que [os indígenas] tenham como plantar; que os rios sejam despoluídos para que [as comunidades] tenham água para beber [Â…] Ou seja, para sarar as pessoas, é preciso primeiro sarar a terra. Para isso, é preciso desocupar o território", argumentou.
















Gazeta Brasil

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