Em entrevista ao site Metrópoles na tarde desta terça-feira (23/01), o atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, afirmou que "não mandou matar Marielle [Franco]", vereadora assassinada junto com seu motorista em 2018.
Nesta terça, o The Intercept divulgou uma matéria afirmando que Ronnie Lessa, que assassinou a vereadora, teria delatado Brazão como um dos responsáveis por mandar matar Marielle.
A delação de Lessa ainda não foi homologada pela Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Brazão, que é político de carreira, é citado nas apurações do caso Marielle há mais de 3 anos.
Brazão disse ao site Metrópoles viver um drama injusto. "Mas não tira mais meu sono", afirmou. De acordo com ele, "ninguém lucrou mais com o assassinato da vereadora do que o próprio PSol".
Na entrevista, Brazão ainda negou conhecer Lessa, Élcio, que confessou ter dirigido o carro para o atirador no dia do crime, e a própria Marielle. Ele também garantiu ao Metrópoles que nunca teve relação com milicianos.
Brazão disse ainda não temer a investigação do caso Marielle, e que o uso de seu nome pode ser parte de uma estratégia dos executores do crime para proteger alguém.
"Outra hipótese que pode ter é a própria Polícia Federal estar fazendo um negócio desse, me fazendo sangrar aí, que eles devem ter uma linha de investigação e vão surpreender todo mundo aí", afirmou o político.
"Ninguém tirou mais proveito da morte da Marielle do que o PSol. Isso é um fato. Não é porque o PSol queira se aproveitar disso. É porque vitimiza e está lá. Não era o PMDB, não era ninguém. Isso é conversa fiada de político que não cola", disse Brazão em outro momento na entrevista.