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POLÍTICA

Uma história para ser mostrada ao mundo! No Sul, moradores com o "saco cheio de esperar o governo", se uniram para reconstruir uma ponte pela metade do valor e por um quarto do tempo que o governo havia orçado, a nova ponte suporta ainda o dobro do peso da anterior


Foto: Reprodução

No último sábado (20/01), a ponte que liga Nova Roma do Sul e Farroupilha, no Rio Grande do Sul, foi reinaugurada após 138 dias interditada depois de uma reconstrução paga pelos próprios moradores. A estrutura foi levada pelas águas do Rio das Antas, devido a enchentes ocorridas em setembro de 2023.

A população local se reuniu para arrecadar R$ 7 milhões entre os moradores para a reconstrução da ponte, que custou R$ 5,7 milhões. A via antiga suportava até 24 toneladas e a nova, que aproveitou as cabeceiras e o pilar central, passou a aguentar até 45 toneladas.

O prefeito da cidade de Nova Roma do Sul garante que não houve nenhum incentivo fiscal para quem fez doações para a obra, que foi gerenciada por uma associação de moradores.

O custo para a construção de uma nova ponte sobre o Rio das Antas foi orçado pelo governo em R$ 12,3 milhões. A previsão do término do edital de licitação e de arrecadação da verba pública estava prevista para março de 2024.

O orçamento do governo saiu pelo dobro do que a população fez. O prefeito da cidade explica que a ponte seria construída do zero, com alguns metros a mais para beneficiar os carros que chegam de balsa e mais alta que anterior. No entanto, ele defende que obras feitas pelo Estado poderiam ter um custo mais baixo.

Com a reconstrução da ponte, o Governo Federal retirou a obra da lista de obras emergenciais previstas no Orçamento. Em entrevista ao programa Gaúcha Hoje, da Gaúcha Serra, o governador Eduardo Leite (PSDB) disse que o estado vai manter o objetivo de reconstruir a travessia, mas que vai precisar buscar recursos em outras fontes.

Leite também explicou que o Estado não poderia encaminhar a reconstrução da ponte nas mesmas características anteriores, como foi feita pela Associação Amigos de Nova Roma, pois o poder público poderia ser questionado legalmente por implantar uma estrutura igual à ponte que foi levada pelas águas.



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