O embate entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o esquerdista e lulista Felipe Neto escalou para medidas legais após Neto se referir a Lira como "excrementíssimo" durante um evento sobre a regulação das redes sociais na Casa Legislativa.
Lira acionou a Polícia Legislativa da Câmara para tomar providências contra Felipe Neto, alegando possível crime de injúria. Após a abertura da ocorrência, a Polícia Legislativa encaminhou a acusação à Justiça Federal.
As declarações do lulista Neto foram proferidas durante sua participação num simpósio na Câmara, intitulado "regulação de plataformas digitais e a urgência de uma agenda", ocorrido na terça-feira (23/04). O esquerdista participou do evento por meio de vídeo.
A Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados iniciou uma investigação contra o lulista após a solicitação de Lira, fundamentada na possível prática de crime de injúria.
Em comunicado, o presidente da Câmara informou que entrará com uma ação penal contra Felipe Neto por meio da Procuradoria Parlamentar da Casa.
"No mesmo dia 23 de abril em que tomei conhecimento dos comentários injuriosos e ofensivos feitos pelo cidadão Felipe Neto ao Presidente da Câmara dos Deputados", declarou Lira, "a vítima apresentou a denúncia à delegacia da Polícia Legislativa Federal para as devidas providências criminais."
Lira ressaltou a possibilidade de configurar os comentários como crimes contra a honra, ocorridos nas dependências da Câmara dos Deputados, e determinou que as providências cabíveis fossem tomadas pela Polícia Legislativa.
Durante a audiência, Felipe Neto argumentou a necessidade de angariar apoio popular para qualquer legislação que vise regular as redes sociais. Ele criticou o PL das Fake News que foi derrubada e referiu-se a Arthur Lira como "excrementíssimo", afirmando que o projeto foi "triturado" pelo presidente da Câmara.