O deputado federal André Janones (Avante-MG) zombou do recente atentado ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em sua conta na rede social X, Janones comparou o caso à facada sofrida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, insinuando que ambos os eventos teriam sido fabricados para benefício político.
"Agora sabemos o que o miliciano foi fazer nos EUA assim que deixou a presidência. É a "Fakeada" fazendo escola", escreveu Janones. Logo depois, acrescentou: "Pelo menos dessa vez lembraram de providenciar o "sangue"."
A declaração gerou forte reação de diversas figuras políticas, incluindo o senador Sergio Moro. Em uma publicação nas redes sociais, Moro criticou Janones duramente, afirmando que "esse imbecil [Janones] envergonha o Congresso brasileiro".
O atentado contra Trump ocorreu no sábado (13/07), durante um comício em Butler, Pensilvânia. O ex-presidente, que é pré-candidato do Partido Republicano à Casa Branca, foi atingido de raspão na orelha direita por um tiro enquanto discursava. Agentes do serviço secreto rapidamente retiraram Trump do local, e foi possível ver sangue em sua orelha.
O Federal Bureau of Investigation (FBI) identificou Thomas Matthew Crooks como o "sujeito envolvido" no ataque. Crooks, que foi morto durante o incidente, tinha 20 anos e era registrado como republicano. Esta teria sido a primeira eleição em que ele teria idade suficiente para votar. Em 2021, Crooks fez uma pequena doação ao Progressive Turnout Project, um grupo que incentiva democratas a votar, através da plataforma de arrecadação ActBlue. Registros públicos da Pensilvânia indicam que ele não tinha antecedentes criminais.
O FBI classificou o ato como uma tentativa de assassinato e está trabalhando para identificar a motivação exata por trás do ataque.