Na segunda-feira (15/07), a PolĂcia Civil de São Paulo concluiu o inquérito que investigou o filho caçula do presidente petista Luiz InĂĄcio Lula da Silva, Luis Claudio Lula da Silva, sob a suspeita de ter praticado violĂȘncia contra a ex-mulher.
A investigação da PolĂcia Civil foi concluĂda sem indiciamentos, o que significa que nenhum crime foi atribuĂdo a ele.
Segundo a PolĂcia Civil, a falta de lesões corporais documentadas e a não confirmação clara da violĂȘncia psicológica impediram um indiciamento imediato. O relatório foi enviado ao Ministério PĂșblico de São Paulo para avaliação e possĂveis próximos passos. A Promotoria pode optar pelo arquivamento do caso, realizar novas diligĂȘncias para esclarecer dĂșvidas ou, se considerar suficiente o conjunto de provas, apresentar denĂșncia contra o filho do presidente petista. A opinião da autoridade policial não vincula a decisão do promotor.
NatĂĄlia Schincariol, ex-companheira de LuĂs ClĂĄudio e médica de 30 anos, registrou um boletim de ocorrĂȘncia em abril deste ano por violĂȘncia doméstica, obtendo uma medida protetiva em seu favor. No boletim, feito via delegacia eletrônica, relatou ter sido cotovelada na barriga durante uma briga em janeiro, além de sofrer constantes ataques verbais que afetaram sua saĂșde mental.
Ela mencionou hospitalizações por crises de ansiedade e alegou ter sido ameaçada e ofendida pelo ex-companheiro, que a teria chamado de "doente mental", "feia" e "vagabunda". NatĂĄlia explicou à polĂcia que não registrou boletins anteriormente devido a ameaças e manipulações.
Ambos foram ouvidos na Delegacia da Mulher, onde afirmaram que a cotovelada foi acidental durante uma disputa por um celular. Sem exame de corpo de delito à época do incidente, e dado o intervalo até o registro policial, não houve confirmação de lesão corporal. A polĂcia não se pronunciou sobre a intenção por trĂĄs do incidente.
Quanto aos ataques verbais, muitas das mensagens anexadas pela ex-companheira no inquérito não continham as ofensas mencionadas de forma explĂcita. NatĂĄlia afirmou que essas ocorriam verbalmente. A maioria das conversas abordava disputas conjugais e questões patrimoniais.
NatĂĄlia inicialmente prometeu testemunhas para depor, mas acabou desistindo. Ela também incluiu documentos médicos no inquérito, referentes a uma internação que atribuiu às violĂȘncias psicológicas sofridas. A anĂĄlise desse material foi deixada para o Ministério PĂșblico.
LuĂs ClĂĄudio negou à polĂcia qualquer forma de violĂȘncia contra sua ex-mulher.