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POLÍTICA

Servidoras acusam casos de assédio moral no Ministério da Justiça de Lula


Foto: Ricardo Stuckert/PR

Duas servidoras do Ministério da Justiça de Lula enviaram um ofĂ­cio ao ministro, Ricardo Lewandowski, onde relatam situações de assédio no Ministério. O ofĂ­cio foi assinado pela corregedora-geral nacional de PolĂ­ticas Penais, Marlene InĂȘs da Rosa, e a ouvidora nacional de Serviços Penais, Paula Cristina da Silva Godoy.

Marlene e Paula também relatam haver tentativas de silenciamento e desmantelamento da Corregedoria-Geral e da Ouvidoria Nacional da Secretaria Nacional de PolĂ­ticas Penais (Senapen). As informações são de reportagem publicada na quinta-feira (31/10) pelo jornal Folha de São Paulo.

Uma proposta estudava colocar a Corregedoria e a Ouvidoria em uma mesma diretoria, em detrimento do status próprio de diretoria que ambas instituições tem atualmente. O Ministério da Justiça assegurou que essa mudança não irĂĄ acontecer mais.

No ofĂ­cio de nove pĂĄginas, datado de 12 de setembro, as autoras enfatizam a importância de manter e fortalecer a estrutura atual. Dentre os motivos estão, "diversas denĂșncias de assédio moral envolvendo diretoras" que estão sendo investigadas.

"Neste momento, em que as investigações sobre denĂșncias de assédio estão em andamento e que a Corregedoria tem seu papel crucial ampliado como órgão de polĂ­cia, com maiores responsabilidades, é imperativo que sua estrutura seja fortalecida e não enfraquecida", diz trecho do documento obtido pelo jornal.

O ofĂ­cio ainda faz menção a investigação de diretores e ex-diretores pela fuga de detentos do presĂ­dio de Mossoró.

As investigações sobre assédio moral envolvem Mayesse Silva Parizi, diretora de Cidadania e Alternativas Penais da Senappen, e Mireilli Marinho, ex-diretora executiva da mesma secretaria, demitida em abril deste ano.

As denĂșncias contra Mayesse começaram em 2023 com pelo menos seis relatos anónimos. A investigação preliminar havia sido arquivada por falta de provas. mas um novo procedimento foi aberto neste ano após pelo menos seis novas acusações.

Os relatos dizem haver uma alta rotatividade na diretoria, não apenas entre servidores e policiais penais de outros estados, mas também entre funcionĂĄrios terceirizados. Entre as principais queixas estão, perseguições, demissões injustificadas, ameaças de demissão, falta de isonomia no tratamento e pedidos relacionados a questões pessoais da diretora.

Mayesse atualmente enfrenta uma Investigação Preliminar SumĂĄria (IPS) processo anterior ao Processo Administrativo Disciplinar (PAD), um PAD foi aberto contra Mireilli, mas ainda não foi concluĂ­do.

O Ministério da Justiça afirmou por meio de nota estar ciente das denĂșncias. "As supostas denĂșncias estão sendo apuradas em um procedimento que corre sob sigilo", disse a pasta em nota enviada à Folha. As informações são do DiĂĄrio do Poder.


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