Auxiliares do presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva têm notado um fortalecimento do discurso de "extrema-direita" nas redes sociais, vinculado à vitória de Donald Trump nos EUA. Segundo o portal g1, o Governo Lula teme que essa tendência se agrave nos próximos meses.
O Governo Lula planeja lançar uma nova licitação para contratar empresas especializadas em comunicação digital, uma vez que a Secom não dispõe de recursos ou estrutura suficientes.
Uma licitação anterior, no valor de R$ 197 milhões anuais, foi suspensa após o Tribunal de Contas da União (TCU) identificar irregularidades.
Lula expressou frustração pela falha na comunicação, admitindo que o governo precisa corrigir esse problema, o que tem gerado especulações sobre a substituição do ministro da Secom, Paulo Pimenta.
O governo também estuda a possível entrada do publicitário Sidônio Palmeira, que já foi convidado a assumir um cargo na administração, mas ainda não confirmou sua participação. Sidônio exige autoridade plena na Secom para aceitar a proposta, algo que não ocorreu com Pimenta. Alternativamente, ele poderia colaborar com o governo sem assumir o ministério, como ocorreu com outros marqueteiros durante os primeiros mandatos de Lula.
A saída de Pimenta é vista como provável, especialmente após ele ser informado sobre sua candidatura ao Senado em 2026. Caso se concretize, o cargo de ministro poderia ser ocupado pelo atual secretário-adjunto de Comunicação Social, Laércio Portela.
Internamente, o Planalto avalia que os problemas de comunicação são, em grande parte, políticos. A falta de coordenação e estratégia é apontada como a principal causa das falhas, além da fragmentação da Secom. Lula também é criticado por não ter adotado completamente a linguagem digital, essencial para a comunicação nas redes sociais. A resistência do presidente em conceder entrevistas diárias é vista como um obstáculo, com membros do PT defendendo uma comunicação mais direta com a população, como por meio de pronunciamentos em cadeia nacional.