O Ministério da Saúde do governo Lula pagou R$ 998 mil nos últimos dois anos a uma empresa suspeita de ser de fachada. A empresa, S R de Oliveira, conhecida como Marjo Soluções, foi contratada emergencialmente para prestar serviços administrativos e de recepção no Distrito Sanitário Especial Indígena Amapá/Norte do Pará. A informação foi divulgada pelo site Metrópoles.
O contrato, inicialmente no valor de R$ 12,8 milhões e com prazo de 12 meses, foi cancelado após o Tribunal de Contas da União (TCU) identificar irregularidades.
A empresa foi fundada em março de 2022 e está registrada no nome de Sandra Rodrigues de Oliveira, uma faxineira e ex-funcionária da Gold Serviços Ltda.
A Marjo Soluções tinha apenas quatro funcionários, número insuficiente para cumprir o contrato, que exigia 131 auxiliares administrativos e 12 recepcionistas.
Além disso, 24 das 27 empresas concorrentes foram desclassificadas antes da fase de lances, o que impediu recursos e levantou suspeitas no TCU.
Embora o contrato tenha sido rescindido, o TCU arquivou o processo inicial, mas decidiu abrir uma investigação separada para verificar se a S R de Oliveira é uma empresa de fachada.
O Ministério da Saúde e os representantes da empresa não se manifestaram sobre o caso ao site Metrópoles até o fechamento deste texto.