O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para comparecer à posse de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, prevista para a próxima segunda-feira. Moraes seguiu o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que argumentou que a solicitação envolvia um "interesse privado" e não justificava a liberação da viagem, dada a apreensão do passaporte de Bolsonaro desde fevereiro.
Bolsonaro teve seu passaporte retido por ordem de Moraes devido à investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente foi indiciado em novembro, mas nega as acusações. Na última semana, ele apresentou um convite para a cerimônia de posse de Trump e pediu autorização para viajar, alegando que o e-mail recebido era o convite oficial.
Moraes inicialmente solicitou a comprovação formal do convite, o que levou a defesa de Bolsonaro a apresentar o e-mail como prova. Contudo, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, em manifestação na quarta-feira, afirmou que o pedido não justificava a liberação da viagem, uma vez que a viagem não atendia a "interesse público" e era voltada apenas para um interesse pessoal de Bolsonaro.
Essa é a quarta vez que o Supremo nega a restituição do documento.