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REDES SOCIAIS

Big techs ignoram convite do governo Lula para audiência pública sobre redes sociais


Foto: Emanuelle Sena/AscomAGU

As empresas Meta, X (ex-Twitter), Alphabet (Google/YouTube), Discord, LinkedIn, Kwai e TikTok não compareceram à audiência pública organizada pela Advocacia Geral da União (AGU) nesta quarta-feira (22/01) para discutir as novas políticas de moderação de conteúdo implementadas por plataformas digitais no Brasil. A reunião foi convocada após as mudanças anunciadas por Mark Zuckerberg.

Sem a presença das big techs, o ministro Jorge Messias e os representantes da Esplanada dos Ministérios abriram o evento e se retiraram, permitindo uma audiência com pesquisadores e técnicos. Ao sair, Messias afirmou a jornalistas que recebeu contato da Google, YouTube e Meta para continuar o diálogo, mas não questionou a ausência das empresas. O ministro informou que as plataformas têm até sexta-feira para enviar "subsídios" que serão usados em manifestações da Advocacia-Geral.

"Eu não fiquei questionando a razão. Não é nosso papel, [as plataformas] têm o direito de vir e de não vir. Não vieram, mas também podem mandar subsídios até sexta-feira, até o fim do dia", disse o AGU.

Messias reforçou que o governo segue "de portas abertas" para a discussão. "Eu recebi manifestação de algumas plataformas pessoalmente para continuar conversando com o governo, e isso é muito bom. A solução dos grandes temas de interesse da sociedade só se dará através do diálogo direto, sincero e transparente", afirmou.

Durante o discurso de abertura, Messias defendeu a importância das plataformas além do entretenimento, destacando seu papel como via de informação e realização de negócios. "Não existe da parte do governo do presidente Lula [PT] do nosso compromisso público, pré-julgamento de nenhuma rede. Não existe pré-julgamento de nenhuma ação realizada por qualquer plataforma. Nós temos interesse em dialogar e trabalhar em cooperação com todas as plataformas e com todas as redes digitais. Nós reconhecemos a importância das plataformas na vida dos brasileiros", declarou.

A audiência pública contou com representantes de diversas organizações da sociedade civil e agências de checagem, incluindo o grupo de ativismo político Sleeping Giants. A audiência ocorre após as mudanças anunciadas pela Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp. O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou que as plataformas da empresa descontinuarão o uso do programa de checagem de fatos e adotarão um novo sistema de "notas de comunidade", semelhante ao modelo implementado pelo X (antigo Twitter), de Elon Musk.

Os temas debatidos na audiência pública incluíram:








































Gazeta Brasil

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