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Relatório da ONU revela estupro de reféns pelo Hamas; Israel acusa Organização de silenciar sobre crimes

Por sou curitiba

05/03/2024 às 14:45:32 - Atualizado há
Foto: Flahs 90

Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta segunda-feira (04/03) levanta preocupações sobre possíveis casos de estupro ocorridos durante os ataques do Hamas em Israel, em 7 de outubro do ano passado, além de relatar a violência sexual sofrida por alguns reféns levados para Gaza.

Pramila Patten, representante especial da ONU sobre violência sexual em conflitos, afirma ter encontrado "informação clara e convincente" indicando que alguns reféns foram vítimas de estupro e expressa preocupação de que esse tipo de violência possa persistir entre aqueles que permaneceram retidos.

A ONU havia sido criticada por sua suposta demora em investigar as acusações feitas por Israel de que o grupo Hamas estava cometendo estupros e outras formas de violência sexual durante os ataques.

Durante duas semanas e meia em fevereiro, Patten, acompanhada de especialistas, esteve em Israel e na Cisjordânia. O relatório revela que "há boas razões para acreditar" que atos de violência sexual ocorreram em vários locais durante os ataques de 7 de outubro, incluindo estupros e estupros coletivos.

Os incidentes foram identificados em pelo menos três áreas: onde acontecia o festival musical Nova e seus arredores, na rodovia 232 e no kibutz de Reim. O relatório indica que, na maioria dos casos, as vítimas foram estupradas antes de serem assassinadas, e em pelo menos dois casos houve relatos de estupro de cadáveres femininos.

Embora nenhuma das vítimas de violência sexual tenha aceitado prestar depoimento, os membros da missão da ONU conseguiram entrevistar sobreviventes e testemunhas dos eventos de 7 de outubro, além de profissionais de saúde. O acesso a 5 mil fotografias e 50 horas de vídeos dos ataques também foi obtido, assim como entrevistas com alguns dos reféns libertados.

Pouco antes da divulgação do relatório, o chanceler israelense, Israel Katz, convocou para consultas o embaixador do país na ONU, Gilad Erdan, alegando uma suposta tentativa de silenciar as denúncias de abuso sexual cometidas pelo Hamas.

Em resposta às acusações, o chefe da ONU, António Guterres, negou veementemente qualquer tentativa de silenciar o relatório, afirmando que o trabalho foi conduzido de forma diligente e exaustiva.

Os ataques em 7 de outubro resultaram no sequestro de cerca de 250 pessoas, que foram levadas para a Faixa de Gaza, desencadeando um conflito que resultou em 1.160 mortes, em sua maioria civis, de acordo com dados israelenses. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, relatou a morte de 30.534 pessoas em quase cinco meses de guerra, a maioria civis.


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Fonte: Gazeta Brasil
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