Na tarde de quarta-feira (26/06), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou os movimentos especulativos no mercado financeiro brasileiro nos últimos meses. A fala foi feita após a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).
De acordo com Haddad, os resultados econômicos alcançados pelo atual governo levarão as contas públicas a ter o melhor desempenho em 10 anos.
"Não têm consistência essas projeções [do mercado]. Vamos soltar o relatório fiscal do primeiro semestre em 22 de julho. É o terceiro bimestre do ano que vai trazer números completamente consistentes com as projeções da Secretaria de Política Econômica. Com o trabalho que está sendo entregue, possivelmente, em 2024, vamos ter o melhor resultado fiscal dos últimos dez anos", disse o petista.
O ministro ainda salientou que a inflação brasileira está sob controle e em trajetória descendente. Haddad ressaltou que a inflação oficial ficou abaixo de 4,75% no ano passado e ficará abaixo de 4,5% neste ano.
"Só estamos tendo notícia de que a inflação é declinante no Brasil. Não estou vendo sinal de apreensão em relação ao compromisso do Banco Central e do governo com o atingimento das metas. Lembrando que durante o seu mandato, o presidente Lula cumpriu, se eu não me engano todos os anos, mas quase todos os anos as metas estabelecidas nos seus oito anos, não está sendo diferente nesses dois primeiros anos do seu governo", acrescentou Haddad.
Ao comentar sobre o resultado fiscal, o petista repetiu que a maior parte do déficit público acumulado desde o início do governo federal decorre do reconhecimento de dívidas de governos anteriores e do pagamento de calotes, como o dos precatórios.
"Antigamente, falava em pedalada era considerado crime, agora não é mais. Houve [no governo anterior] uma pedalada da Previdência, dos benefícios sociais, dos precatórios, do calote nos governadores. Nós não estamos fazendo superávit dando calote em ninguém. Nós estamos ajustando as contas com a maior transparência possível. Tudo está sendo contabilizado na forma da lei", afirmou.
Gazeta Brasil