O ditador venezuelano Nicolás Maduro lançou, na quarta-feira (11/09), uma nova série de insultos contra o presidente da Argentina, Javier Milei, durante um congresso "antifascista" em Caracas. Durante seu discurso, Maduro mencionou o falecido jogador de futebol Diego Armando Maradona, conhecido por seu apoio ao chavismo, pedindo que ele "assuste" o presidente argentino e o impeça de dormir.
"Diego, te peço algo? Puxa os pés de Milei enquanto ele dorme, aparece no quarto e puxa os pés dele, Diego!", disse Maduro em tom de zombaria.
Maduro já chamou Milei de "fascista", "nazista" e "erro da história", enquanto o presidente argentino, que não reconhece a reeleição de Maduro, o chama de "ditador" e "socialista empobrecedor".
"Diego está aqui com a gente, o Diego do povo. Como faz falta para dizer umas boas verdades a Milei", ressaltou Maduro, apontando para um cartaz com o rosto de Maradona no público.
"O que vocês acham, boa ideia ele puxar os pés?", perguntou Maduro à plateia. "Que não o deixe dormir, tanto mal que ele faz ao povo", disse o ditador, repetindo o insulto "nazista" contra Milei.
Maduro também relembrou o dia em que Maradona lhe presenteou com um relógio avaliado em mais de 30 mil dólares. "Este é o relógio Hublot que Diego me deu no encerramento da campanha de 2018. Quando eu o coloco, Diego está comigo", afirmou.
"Coloquei hoje porque me traz sorte. Este é o Hublot que Diego Armando Maradona me deu no encerramento da campanha de 2018 na Avenida Bolívar. Era o relógio dele, e quando eu o uso, Diego está comigo", acrescentou.
Na semana anterior, Maduro também havia atacado o presidente argentino. "O imbecil do Milei na Argentina reclama porque adiantamos o Natal. O que isso tem a ver com a Venezuela?", questionou Maduro, em resposta às críticas de Milei sobre a antecipação das festas de fim de ano para 1º de outubro.
"Ele está amargando a vida dos argentinos e o Natal na Argentina, e está incomodado porque o povo da Venezuela começa a festa em 1º de outubro, o dia em que começam as celebrações de Natal", ironizou Maduro.
Ele também criticou a gestão de Milei, mencionando suposta repressão contra aposentados e o fechamento da Universidade das Mães da Praça de Maio.
Maduro cometeu ainda um deslize ao encerrar o congresso "antifascista" em Caracas, agradecendo aos participantes pelo que chamou de "o histórico congresso fundacional da internacional fascista". A gafe ocorreu durante o evento, que contou com delegados de 95 países. O erro rapidamente viralizou nas redes sociais, somando-se às críticas frequentes recebidas pelo líder chavista.
(Com informações da EFE e AFP)